Bem, as pessoas na indústria da cerveja artesanal não têm limites, por isso, adivinhem só? Eles estão a fazer fermentação primária com Brettanomyces para muitos estilos, incluindo os mais populares, como os IPAs (procure por brett ipa no Google). Não conheço detalhes muito específicos sobre as cepas usadas para isso, mas sei que há algumas no mercado que bem conheço. Provavelmente algumas delas são mais adequadas do que outras.
Tanto quanto sei, a Brett não demora mais do que qualquer levedura de cerveja a fermentar (principalmente), e dá um perfil de aroma e sabor ligeiramente diferente, mas nada funky como na fermentação/maturação secundária, que é aquele processo lento de que provavelmente já ouviram falar, quando come açúcares complexos e outros compostos, acabando com aquele aroma de galinheiro. E ao contrário do que muitos pensam, não acidifica a cerveja (a cerveja produz apenas uma pequena quantidade de ácido, não o suficiente para a azedar). Quando as pessoas querem fazer cerveja azeda, usam bactérias.
Na verdade, num relance, cervejas 100% cervejas brett não são tão diferentes das cervejas fermentadas com Saccharomyces. Claro que isto é completamente diferente de adicionar cerveja ao saque e deixá-la evoluir com o tempo.
Porque é que as cervejeiras o estão a fazer? Suponho que perguntam exactamente o oposto: não devemos fazer isto? =)