Até onde eu já experimentei, as cervejas velhas, mesmo as light lager baratas como a Bud Light, vão saber muito mal depois de muita garrafa ou podem envelhecer. Quanto mais velha for, pior vai saber, mas tendo bebido mais do que uma numa sessão, posso dizer com segurança que não é mais prejudicial do que beber uma bebida fresca. Nunca adoeceu de uma, mas é bastante difícil abaixá-los sem amordaçar um pouco.
Algumas cervejas parecem, na verdade, ir intencionalmente para um sabor semelhante. Tudo o que tenha uma garrafa verde parece estar a tentar obter um sabor a skunky, enquanto as garrafas castanhas ajudam a filtrar a luz prejudicial. Compare um Beck’s ou Heineken com, digamos, um Budweiser. O primeiro terá um sabor nitidamente desnatado, basicamente semelhante ao da marijuana. A segunda tem um sabor um pouco a arroz, pois é o que se utiliza no processo de fabrico da cerveja, com uma ligeira doçura, mas em geral apenas um sabor leve borbulhante.
Como Linus salientou, vai haver um sabor a “cartão molhado” com cervejas light passadas. Suponho que isto se deve à degradação dos óleos e açúcares da cerveja, bem como a outras alterações químicas gerais. Não sei bem porque tem esse sabor de cartão ou de papel, mas está definitivamente presente. Depois de fazer alguma pesquisa (também conhecida como google), descobri que o principal culpado desse sabor a cartão é um químico chamado “nonenal”. Aparentemente é também um químico no odor do corpo humano de pessoas idosas, levando ao chamado “cheiro de pessoas idosas”. Isto não está provado, mas há algumas provas de que este é o principal culpado pelo cheiro algo neutro da transpiração das pessoas mais velhas. Numa cerveja, porém, não tão neutra.