No Brasil, temos alguns. Mas, em geral, não são uma cerveja original, realmente criada por algum músico, mas mais uma coisa de marketing. Eles só contratam uma micro cervejaria para desenvolver uma receita para então, ou até mesmo usar uma cerveja previamente existente e re-brandá-la com seus nomes.
Exemplos são: Raimundos, Sepultura (que é uma banda hardcore brasileira conhecida em todo o mundo) e Paralamas do Sucesso, bandas que têm uma cerveja com seus nomes produzidos pela cervejaria Bamberg, uma microcervejaria do estado de São Paulo dedicada exclusivamente aos estilos alemães. A antiga 2 sendo apenas uma re-marca das cervejas emblemáticas da Bamberg.
Velhas Virgens é uma banda de rock paulista que também tem sua própria marca, e mais de uma cerveja, e eu acho que alguém dentro da banda é homebrew. Hoje em dia produzem em associação com a cervejaria Invicta, e acho que têm alguma contribuição para eles no desenvolvimento dos produtos, embora, de todas essas “cervejas da banda de rock”, pareçam ser a iniciativa mais genuína/autêntica.
A maneira como vejo isso no cenário da cerveja artesanal é: pessoas tentando aproveitar esse mercado de tendências e ganhar dinheiro com isso. É uma coisa pura de marketing. É como se você fosse uma pessoa famosa e associasse o seu nome a algum produto, seja ele qual for, só porque sabe que as pessoas só o vão comprar por causa da sua imagem/nome, e não por causa do que está realmente dentro dele.
Particularmente, penso que isto é puro oportunismo.