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Quando, na história de servir cerveja, passou de uma bebida quente para uma fria?

Sei que pode haver hoje algum debate sobre isto, dependendo do lado do Atlântico, mas parece haver um ponto claro na história em que a cerveja passou de quente a quente é indesejável.

Presumo que parte disto teve a ver com o advento da refrigeração, mas em que época na América era mais provável que a temperatura de servir fosse fria do que quente? Ocorreu uma tendência semelhante na Europa e noutras partes do mundo?

Respostas (1)

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2014-01-23 08:39:06 +0000

Em primeiro lugar, existem actualmente cervejas que são servidas quentes, particularmente as muito escuras. Por isso, parte tem a ver com o carácter da cerveja.

Há dois factores importantes que eu vejo, olhando para isto como uma noz da história mas sem saber de nenhuma fonte sobre este tema. O primeiro, como o senhor diz, é a refrigeração generalizada. Mas este não era o factor principal nas bebidas frias em geral, uma vez que o gelo era muitas vezes conservado até ao Verão para refrigeração de bebidas (e tem sido desde os tempos antigos). Mas a refrigeração torna isto mais fácil e, portanto, mais barato.

A segunda é, na verdade, a moderna bottlecap que é um produto da industrialização. Antes do bottlecap, a maioria das cervejas eram servidas sem gás. Podiam ser refrigeradas ou não, mas teriam sido inteiramente não carbonatadas, enviadas em barris de madeira, etc. e tinham um sabor e carácter totalmente diferentes das nossas cervejas modernas. A minha experiência a brincar com estes conceitos como homebrewer sugere que tais cervejas eram mais adequadas para serem servidas quentes do que cervejas carbonatadas comparativamente escuras.

Para compreender porquê, penso que é preciso olhar para a carbonatação e como a temperatura afecta isso. O dióxido de carbono é mais solúvel em água fria do que em água quente, por isso, quanto mais quente for a cerveja, mais rápida é a sua abertura e mais gaseificada quando aberta. Portanto, a carbonatação afecta o quadro de duas formas. Em primeiro lugar, afecta o sabor e as condições de serviço de forma diferente a diferentes temperaturas e, em segundo lugar, confere um sabor distinto quando a cerveja fica lisa. A temperatura ajuda a compensar esta última de forma suave, mas à custa da primeira. Penso que isto também ajuda a explicar por que razão as cervejas mais ricas são mais frequentemente servidas quentes do que as cervejas mais leves.